quinta-feira, 23 de setembro de 2021

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domingo, 22 de agosto de 2021

terça-feira, 9 de abril de 2013



4- A fuga de Joca

 Joca estava triste. Havia dentro do Joca uma confusão de sentimentos:  tristeza, dor,raiva,medo,etc. Enfim uma mistura de sentimentos  que não era possível descrever o que mais predominava mas o que mais transparecia era a tristeza. Joca embora tivesse apenas 5 anos de idade, não estava tendo uma infância feliz, não foi o filho mais novo mimado pelos pais e outros irmãos; sentia-se excluído e como se não fizesse parte daquela família. Em sua ingenuidade achava-se mais perto e parecido com as galinhas do que com os humanos e ai estava outro grande problema para Joca:  fugir e deixar todo o seu clico de amizades que estavam  reclusas no galinheiro?  Joca teve uma ideia antes de “fugir de casa” :  Libertar o Giba e  as galinhas. Algum tempo depois do fatídico almoço foi ate o galinheiro  escancarou o portão e deixou-o aberto esperando que os animais fugissem. Infelizmente, o galo-cinza não tinha o mesmo objetivo de Joca e não deixava nem Joca se aproximar das galinhas para libertá-las e tampouco as galinhas se aproximarem do portão. Ouvindo aquele estardalhaço todo, Vilmar o irmão de Joca veio correndo e acabou com o resgate das galinhas, alem disso deu um chute na bunda do Joca que o fez cair e Joca chorou e como chorou. Talvez mais de decepção; decepção por se punido por algo considerado nobre e justo: manter os animais vivos.
Joca percebeu assim que não seria nada fácil  libertar as galinhas. Quando levantou, percebeu que  suas pernas estavam em parte com uma cor diferente – estavam manchadas e também úmidas :  as amoras que  estavam no chão foram amassadas na queda do Joca e então imediatamente lembrou do que tinha feito com Michele e percebeu que não tinha adiantado nada ter pintado a galinha  e a depenado – ela morrera do mesmo jeito e Joca sentia-se culpado. Nesse momento  na sua pequena inocência  relacionou tudo na sua cabeça: morte; medo, callni,culpa,família e lembrou de  Michele o que aconteceria com ela?
Ele já tinha ouvido falar no culto em ressurreição e sabia que a palavra se aplicava a “situações de morte”. Embora a palavra fosse quase impronunciável para Joca e não entendesse ainda o real significado da mesma, sabia que era destinada exclusivamente aos mortos e então naquele momento Joca fez sua primeira oração espontânea  assim :
“Papai do Céu, sei que o Senhor pode tudo porque dizem que o senhor fez tudo, sei que não sou o que o pai e a mãe querem que eu seja e que meus irmãos não gostam muito de mim, mas também não sei o que eles querem que eu seja e o que tenho que fazer, acho que faço quase tudo errado mas acho que o Senhor sabe que eu tento fazer o que é certo, só não sei porque o castigo de tudo isso não veio em mim mas na Michele e nas amigas dela.Mas já que a Michele morreu e tá ai perto do Senhor agora, por favor será que o Senhor pode dar um pouco de ressurreição  pra ela, assim ela vai continuar gordinha e crescer as penas e pede desculpas para ela por eu ter deixado  a Michele daquela cor. Amém”.
Após essa breve oração,  Joca sentiu-se  aliviado, confiante e já cedo na vida descobrira que em certos momentos poderia conversar com algo ou alguém que não estava ali fisicamente. Sentiu que não eram apenas as galinhas que poderiam ouvi-lo, que não precisava de respostas imediatas, percebeu que estava em paz, que estava tranquilo, triste, mas tranquilo. Joca sentiu-se forte, triste, mas forte, Joca sentiu-se seguro, triste mas seguro e agora ainda mais determinado a fugir de casa 
Saiu escondido,  passou por debaixo de um buraco na cerca, pegou a estrada e andou e andou muito. O sol das 15:30 h estava muito quente, Joca não tinha levado água. Caminhou ate chegar a estrada mais larga que pudesse encontrar e pensou: “ deve ser essa, se porto alegre é grande deve ser uma estrada grande que chega lá”.
Continuou pela estrada por muitos metros, suando,cansado mas firme em sua decisão: encontrar algo ou alguém que nem ao certo sabia o que era e não lhe importava qual fosse e onde estivesse. Muitos anos depois já adulto ele continuava a fazer isso procurar algo ou alguém em algum lugar no meio do lugar nenhum. Porém naquele momento aos 5 anos  fazia planos de como seria diferente a vida que atualmente vivia. Imaginava outro menino como irmão com quem pudesse interagir mais ou menos com a idade dele e não igual ao Vilmar que só ficava olhando para ele e raramente respondia  ‘as  perguntas de  Joca. Imaginava ser tratado de forma melhor pelos membros da família e continuava imaginando quando seus pensamentos foram interrompidos por uma buzina de carro. O motorista - Um homem já com seus cinquenta e poucos anos todo suado e com uma voz grossa perguntou a Joca para onde ele iria e Joca repondeu: “quero ir pra poto alegui”  ao que o homem abrindo a porta falou: “entra ai que eu te levo” e Joca entrou. E Joca sentiu-se bem, Joca estava feliz.
Sem dar muita importância ao trajeto que o motorista estava traçando e mais preocupado com a poeira e com dor de cabeça por causa do sol forte, depois de algum tempo Joca ouviu a seguinte frase do condutor : “estamos quase chegando”.  Aquela voz lhe parecia familiar embora não conhecesse o motorista. Com possibilidade de estar quase chegando ao seu destino, começou a prestar mais atenção no caminho que estava e imediatamente reconheceu a grande seringueira na estrada que estava a menos de 100 m de sua casa. Sentiu um calafrio e percebeu que tinha sido enganado.
O carro já foi chegando e buzinando r frente ao terreno da casa do seu Bartolomeu. O próprio veio  até o portão com uma certa dificuldade para caminhar e reconheceu o carro do seu Sadi de Viamão (como ele era conhecido)  –um pequeno comerciante que havia se estabelecido há alguns anos na cidade vindo da cidade de Viamão.
Seu Sadi parou o carro, abriu a porta do carona e falou : “ olha quem eu encontrei na estrada querendo ir para porto alegre”. Joca sem falar nada desceu do carro, olhou para cima encarando seu Bartolomeu que demonstrou  descaso total com a situação e foi em direção a casa enquanto seu pai olhava para o grande relógio no pulso esquerdo e pensou “humm já é quase seis horas da tarde” no ato fez o seguinte convite : “ Vamos tomar um chimarrão seu Sadi ? “.
Seu Sadi apeou do carro,caminhou ao lado do seu Bartolomeu em direção ao pátio para tomar um chimarrão do final de tarde;
E Joca  ? Joca já estava a uns 2 metros a frente indo em direção a casa.
E joca ? Joca parecia  invisível e e indiferente aqueles dois homens;
E joca ?  Mais uma vez Joca estava triste.
.


3- Joca e as galinhas

 Joga amava as galinhas. Era com aqueles pequenos animais que ele passava boa parte do dia. Elas ciscando e bicando qualquer coisa no chão e joca ali como se fosse o guardião e melhor amigo da galinhada. Muitas vezes não entrava no galinheiro tinha medo de um galo cinza que por algum motivo em determinados dias detestava a presença de joca. Era só joca se aproximar do galinheiro que o galo-cinza já ia em direção a tela e pulava para atacar o joca. Em outros dias porem, na maior parte do tempo o galo-cinza estava bem pacifico e não se importava quando joca entrava no galinheiro e ficava trocando umas ideias com as galinhas. Mais tarde, anos depois joca desconfiou que o galo-cinza era bipolar.
Joca via na comunidade galinácea o que não presenciava em sua casa: atenção, cooperação e porque não dizer amor.  Aquela família de galinhas parecia tão feliz, todos pareciam felizes. Tinha o Giba – o galo-cinza e mais 10 galinhas que joca sabia o nome de todas e ate mesmo quando estavam de bom-humor ou não. Joca conversava com as galinhas a sua maneira. Com 4 anos de idade e um pouco de língua travada ate mesmo para as galinhas, não era incomum ver joca acocado conversando com as galinhas que muitas vezes ficavam a volta de joca como que querendo entender o que ele dizia. Era ali que joca se sentia feliz; Mas joca começou a notar que aos poucos e de vez em quando uma galinha desaparecia. Ele simplesmente não sabia o motivo e também quando perguntava ao Giba – o galo-cinza -  ele não dava a mínima para a pergunta do joca. Como joca era humano (pelo menos nasceu assim) começou a raciocinar sobre o que acontecia e notou que normalmente a galinha que sumia era a que estava mais gordinha e na cabeça de joca parecia sempre ser as de cor mais clara ou para joca as de cor branca.
E o mistério desfe-se: Um dia joca estava dentro do poleiro com a Michele – sua galinha predileta e ouviu seu pai o Seu Bartolomeu se aproximar junto com uma Irma mais velha. Os dois não notaram a presença de joca, mas ele estava atento ao que eles falavam e faziam. Foi ai que Seu Bartolomeu falou: “Não sei não esse galo não ta mais dando conta do recado, vamos ter que achar outro mais novo, ta sempre cansado e dormindo e isso que tem poucas galinhas – acho que vamos aposentar o Giba”. Estavam indo embora quando seu Bartolomeu terminou a conversa : “ah, Judite : dá uma reforçada na Michele para gente matar no final de semana”. Aquilo caiu como um balde (e não precisava ser de água fria, tampouco de água). Tudo ficou claro tão de repente para o joca. “As galinhas estavam sumindo, o Giba não estava mais querendo aumentar a prole e o que joca comia e se lambuzava sem nunca saber o que era, eram galinhas e não calllni e joca pensaram:” e agora? “.
Foi a primeira grande decisão na vida de joca: Não deixar que matassem as galinhas. Embora ele gostasse muito de calllni sabia que poderia daquele momento em diante comer outras coisas. Mas o que fazer? Pedir aos pais pra não comerem a Michele e as outras galinhas mais gordinhas e as mais clarinhas não ia adiantar daí joca teve uma ideia: há alguns dias joca tinha percebido que bem perto do galinheiro caia umas pequenas bolinhas que quando estouravam no chão deixava o mesmo manchado de uma cor meio azul acinzentado e joca pensou na sua inocência e simplicidade que se deixasse a Michele e outras galinhas diferentes de galinhas não seriam mais galinhas e então não seriam comidas. Foi escondido ate o quartinho onde dona Mariqueta usava para costurar e pegou uma tesoura.  Retornou ate o galinheiro e depenou a Michele o mais que pode com aquela tesoura deixando-a quase parecida a um peru em véspera de natal, foi ate o pé de amora e logo abaixo começou a pegar todas as amoras que pudesse , espremendo a fruta e com a cor obtida nas mãos esfregava na Michele. Para joca não era mais a Michele, para joca não era mais uma galinha. Na sua cabeça de quase 5 anos a nova roupa poderia fazer as pessoas pensarem que não era mais a mesma criatura. Sim com praticamente 5 anos joca já estava começando a pensar como a maioria das pessoas do mundo pensa sobre as pessoas (muda a embalagem então muda a essência e a natureza); porem joca não sabia que as pessoas em geral pensam assim sobre as pessoas e não sobre os animais e a galinha fantasiada foi igualmente para a panela.
No dia da morte de Michele, joca estava tranquilo primeiro porque estava absorto em outras coisas, depois porque também não sabia ao certo o dia do assassinato da Michele.
Mas o dia chegou e na hora do almoço, Joca tão novo, tão criança quase teve um infarto quando dona Mariqueta trouxe uma grande tigela com “calllni”. Joca viu ali o corpo da Michele. Não chorou, não comeu callni, não comeu  galinha , somente duas colheradas de arroz e uma de feijão e daquele dia em diante nunca mais colocou sequer um pedaço de carne na boca.Galinha  ou não  doravante joca não comeria mais carne  pois descobriu o que era necessário para  ter “callni” no prato. Mas pior do que isso, joca decidiu que não iria mais viver naquela família, decidiu ir embora e começou a planejar sua saída de casa. Realmente Joca amava as  galinhas.




2- Os pequenos sustos

 E Joca quase morreu. Alguns poucos meses após o seu nascimento, Joca já teve que aprender a lidar com a vida como ela é: sobreviver a qualquer custo. Isso não se dava tanto em razão dos maus tratos que Joca recebia, mas sim em razão da indiferença que tinham com ele. O irmão mais perto da sua idade com 10 anos parecia uma múmia paralitica ao chegar perto do Joca. Vilmar quando chegava perto de Joca ficava hipnotizado olhando para aquela criatura, absorto em possíveis pensamentos (se é que os tinha) como alguém fica ao contemplar o mar.
Certa vez, joca com aproximadamente 2 anos conseguiu sair do chiqueirinho e foi gatinhando pela varanda ate onde estava o Vilmar. Vilmar estava brincando com alguns brinquedos feitos em casa pelo seu Bartolomeu; naquele dia Joca não teve sorte: Vilmar estava brincando de guerra com um exercito imaginário e alguns poucos artefatos bélicos entre eles um rolo de fazer massa que dizia ser um tanque de guerra brasileiro; Joca se aproximou e como de costume Vilmar ficou paralisado olhando o joquinha. Depois de alguns poucos segundos porem Vilmar pegou seu tanque de guerra brasileiro e bateu na cabeça do joca com toda a força de um menino de 10 anos. O resultado: traumatismo craniano, choradeira, hospital e uma semana de paz para o pequeno exercito de Vilmar.
Em outra ocasião já com três anos de idade, num churrasco de domingo a família toda reunida e mais alguns parentes para comemorar os 15 anos da Irma de joca. Tiele estava muito feliz afinal era um churrasco só por causa dela e ela sabia que as outras irmãs mais velhas nunca tinha tido esse privilegio ao completarem 15 anos. Assim após o churrasco como era de costume seu Bartolomeu reunia os ossos e restos de carne que não foram comidos colocava-os em um prato e levava para o lobo – um cachorro preto e grande sem raça definida e que já estava ate cego por estar em idade avançada (Seu Bartolomeu fizera uma aposta com o Lobo para saber quem iria primeiro); E La se foi o joca. Com mais de 15 pessoas no pátio da casa, desconsideraram o joca e ele gatinhou por quase 10 metros para ir ate o Lobo; E o Lobo não perdoou: quando joca chegou bem perto do Lobo e colocou a mão no alimento do animal, recebeu uma mordida no rosto que por pouco não lhe custou o nariz.  Resta ainda hoje em joca a cicatriz no rosto que ele mesmo chama de “a marca do lobo”.  Aquele foi um dia memorável para joca e para toda a família; ganhou uma cicatriz no rosto e foi por alguns minutos a atração da festa roubando  o lugar de Tiele a aniversariante. Isso se deu também em função de uma tia de joca que gostava de fazer apostas e disputas entre as pessoas e apostou com seu marido que joca gostava mais dela do que do próprio pai – Dona Gorete era a Irma mais velha do Seu Bartolomeu e era chamada por todos de BISA. E a Bisa perguntava insistentemente ao joca enquanto ele estava grudado em uma coxa de galinha : “ joquinha tu gosta mais do pai ou da bisa ? “ e o joquinha so grunia agarrado a sua galinha. E a Bisa insistia: “joquinha tu gosta mais da Bisa ou do pai ?” e assim foi por um tempo ate que o joca olhando atravessado para a bisa tirou a coxa de galinha da boca e com os beiços todo engraxado respondeu : “ Eu gosto é de calllllllni “ (eu gosto é de carne) . Foi o momento mais engraçado  da tarde. Joca notou talvez pela primeira vez que podia de alguma forma ser o centro das atenções não apenas pela falta de atenção que lhe davam ou os desastres que causava, mas por alguma coisa que poderia fazer (fazer os outros rirem).
Mas joca bateu seu recorde em uma sõ tarde. Já com 4 anos joca foi a um clube de lazer- daqueles que possuem piscinas, tuboaguas,etc. Foi um presente que o Seu Bartolomeu recebeu do dono do clube por ter feito um trabalho muito bom quando colocou as cercas em volta do clube. Seu Bartolomeu e a família teriam a oportunidade de passar uma tarde inteira no clube sem pagar o ingresso. Prepararam-se durante uma semana para o tal passeio, economizaram dinheiro para as passagens, almoçaram mais cedo por volta das 11 horas e partiram. Mas esqueceram de levar o joca; Joca tinha ficado no galinheiro conversando com as galinhas (joca sempre teve uma quedinha por galinha e batia muito papo com elas). Todos pegaram suas coisas : sacolas,lanches,roupas de banho e se foram. Dona Mariqueta se lembrou do sexto filho assim que o ônibus arrancou. O motorista foi compreensivo, parou fora do ponto, abriu a porta e deixou dona Marieta e um dos filhos descer para irem buscar o Joca.
Depois do mal entendido, no clube tudo seria festa. Ou quase tudo. Joca não parava saiu da piscina dos adultos onde estava com seu pai e ao invés de se dirigir para o local onde estava sua família resolveu ir para outro lado, onde havia outra piscina abandonada. Porem joca foi com uma pequena toalha no rosto tentando brincar de uma nova brincadeira que tinha visto outras crianças fazerem:  cabra-cega. Mas a  cabra do joca alem de ser cega não sabia nadar e caiu na piscina desativada e suja. Ate hoje não se sabe o tempo que joca ficou ali e as consequências disso. A sorte é que passou um senhor pelo local e resgatou o pequeno joca e levou-o a “segurança” da sua família.
Mas o dia ainda não tinha terminado para joca. Ele ainda não estava contente e não entendia como é que as crianças brincavam de cabra-cega e parecia tão divertido.  Ele percebeu que levar a cabra para perto da água não era bom negocio então colocou a toalha novamente no rosto para ativar a cabra-cega e se foi em direção contraria a água. Porem ninguém avisou ao joca que logo adiante  havia uma escada que descia ate os motores e bombas d’água e ao lado uma plataforma sem cerca ou proteção alguma de quase 2 metros de altura. Também ninguém mais se lembrou do joca mesmo tendo ele saído com  a cabra-cega ,suja e encharcada . E então aconteceu: o joca caiu.  A sorte é que joca sempre teve pulmões bons e isso lhe proporcionava um choro alto, estridente e que foi ouvido por um dos familiares. O resultado: mais um traumatismo craniano, correria, hospital, preocupação, oração e um passeio abreviado. Mas joca sobreviveu  sem sequelas e descobriu que a cabra-cega não sabe nadar e tampouco voar. E assim em apenas uma tarde mesmo sendo o joca, o Joca quase morreu.